Níveis de conhecimento e hiperaprendizagem |
Imagine que existam cinco níveis de conhecimento. Imagine, ainda, que esses níveis sejam chamados: ignorar, reconhecer, conhecer, saber e ensinar e se imaginássemos que a mente realmente gosta de aprender nessa ordem, ficaria um pouco mais fácil entender porque algumas pessoas conseguem aprender em uma velocidade assustadoramente maior do que a média. E, se existisse um processo que levasse qualquer pessoa a aumentar algumas vezes sua velocidade de aprendizado, você conhece alguém que gostaria de experimentar? Mais importante ainda, e se esse processo contribuísse para o resgate do prazer de aprender que você já teve um dia?
Nós concluímos que, uma das várias fontes de frustração na escola é que os professores precisam levar os alunos do nível "ignorar" em um determinado assunto, direto para o nível "saber". Normalmente, na escola, algumas etapas importantes do processo de aprendizagem são, simplesmente, eliminadas.
Pior ainda, os professores têm que fazer isso em um ambiente que pode ser bastante hostil para grande parte dos alunos adolescentes; isso tudo, para não mencionar a falta de treinamento, equipamento e remuneração adequada, além de terem um tempo bastante limitado para esse trabalho. Alguém mais aí acha que essa missão pode estar sendo mais árdua que que precisa?
Permita-se, por um instante, imaginar uma situação ideal, na qual o aluno que não sabe nada de logaritmos (por exemplo), vê o símbolo matemático em algum lugar legal (como uma figura, um cartaz ou um filme ou um site) sem que ninguém estivesse tentando ensinar nada pra ele ou, muito menos, cobrando nada dele.
Em um próximo momento, ele vê o símbolo novamente e tem a oportunidade de reconhecê-lo. O reconhecer, causa curiosidade e o garoto passa a perguntar: o que é o símbolo, pra quê serve, o que significa, como usar, quais os benefícios do uso, etc, etc... Essa curiosidade abre as portas para o mundo maravilhoso do aprendizado com prazer. Na verdade, os professores que têm a felicidade de encontrar esse aluno (o tipo de aluno que reconhece um assunto e tem dúvidas a respeito), não precisa ensinar mais nada. Basta, não atrapalhar o aprendizado, disponibilizar o material, responder dúvidas, satisfazer curiosidades e apreciar o impagável prazer de ver alguém tendo um crescimento exponencial na frente de seus olhos e sentir o orgulho de ter dado uma contribuição impagável para a vida de um aluno. Acredite, esse aluno NUNCA esquecerá seu professor.
Ao final desse momento mágico, o aluno alcançou o estado da graça de SABER e, ninguém vai conseguir impedí-lo de passar para o próximo passo: Ensinar. Ainda que queiram impedir, vai ser impossível fazer o garoto esquecer a expressão de prazer no rosto do seu professor... ele também vai querer experimentar esse prazer.
Veja, agora, um desafio de aprendizagem no vídeo abaixo.
Profundamente esclarecedora essa forma de enxergar o aprendizado, e de encarar a forma como funcionam os "desafios" nos processos de Assimilação e Percepção da mente!
ReplyDeletePercebo que, no patamar da ignorância, realmente o fato de desconhecer o desconhecido, ainda mais quando este processo é imposto, nos causa medo e uma imediata rejeição ao fator de assimilação do que é o desconhecido em questão. Passamos então a ter a intuitiva ideia de Proteção quando nos esquivamos de tal aprendizado imposto!
Fatidicamente, há uma necessidade de remodular as características de explicação, para que desta forma ocorra evoluções, tanto no aprendizado quanto no ato de transpassar as informações, gerando assim, Seres Humanos mais suscetíveis ao conhecimento, fertilizados quanto ao saber e aptos à ensinar!
Belo discernimento Cláudio, obrigado pela expansão do saber, ela sempre será bem-vinda! Abraço.
Valeu Nilson Mello! Você tem uma percepção bastante aguçada e essa troca de conhecimentos tem sido muito produtiva pra mim. Grande abraço.
DeleteParabéns pelo ensinamento exposto no blog. O que eu percebo e acontece muito comigo é a dificuldade que os adultos tem de aprender a aprender, temos a falsa crença que após terminarmos ensino médio e a faculdade a cota de conhecimentos chega ao fim e apenas temos que vivenciar as informações do dia a dia de maneira mais rasa. Olha eu não sei se acontece com todas as pessoas, mas faz dois anos que me formei em Administração e se eu não ler e aprender mais sobre os assuntos interligados não mantenho a chama acesa no qual minha profissão necessita. É bem autoral esse meu depoimento, mas quem passa pelo mesmo vai entender que a busca por conhecimento requer um esforço imenso, pois quando queremos aprender de verdade temos a exigência da assimilação, quando queremos só ler por ler apenas lemos e esquecemos. Concordas ?
ReplyDeleteEu concordo sim, Patrícia. É bem por aí mesmo. Apenas ultimamente tenho aprendido outras formas de aprender e reter o conhecimento por muito mais tempo sem tamanha exigência de esforço.
DeleteNa verdade, o objetivo é ter o mesmo prazer de quem lê por ler e ainda reter mais do que se retem quando se tem a exigência da assimilação. Tenho tido bons resultados nessa área.
Claudio, muito bacana suas analises, que em muito me lembram as de Gever Tulley, Sugata Mitra e Christopher Emdin dentre alguns que me recordo agora. Tenho a tempos buscado essas abordagens, como pai e curioso que sou. Encontrar as escolas ou plataformas que aplicam o aprendizado atraves da sensibilidade, consciencia, curiosidade ou simplesmente das emoçoes, e bastante dificil. Acredito do fundo do coração, que estaremos revolucionando a educação e as bases de ensino e conhecimento de nossos herdeiros ao aplicar tal aprendizado.
ReplyDeleteJuliano Marchiori