Compreensão |
Quantas vezes você já se deparou com uma situação na qual não tem respostas e as opções parecem ser uma pior que a outra? As vezes, tenho a impressão de que, quanto mais lutamos, maior é a frequência que situações como essa nos são apresentadas.
Em momentos como esse, é muito comum entrar em um de dois estados emocionais: confusão ou frustração.
A frustração, começa com desconforto e dor e logo leva o olhar para fora em busca de culpados. Não raro, há um ciclo de sentimentos que se revesam entre auto-piedade e culpa. Culpa-se os outros, a situação ou, no pior dos casos, a si mesmo. Apesar de ser uma saída, a frustração raramente leva a grandes aprendizados.
Já a confusão, talvez tenha o mesmo nível de desconforto e dor no início. Em alguns casos, até um pouquinho de aflição, uma pitada de medo, mas, ao invés de levar a olhar para fora, a confusão difere da frustração quando convida o indivíduo a olhar para dentro e a buscar o aprendizado quando reflete não só sobre os fatos em si mas também sobre todas as oportunidades que uma situação de crise revela.
Quando alguém se encontra no estado de confusão, ele está pronto para aprender e esse aprendizado está prestes a se manifestar das mais diversas formas. Nesse momento, o medo se dissipa dando lugar a um sentimento maravilhoso de gratidão e à felicidade que reafirma a certeza de se estar no caminho certo e de que os recursos necessários serão descobertos ou disponibilizados à medida que as necessidades se apresentam.
Esse sentimento tem muito pouco a ver com agir; menos ainda com fazer certo (como estamos sempre tentando). Ele está muito mais relacionado com ser capaz de respirar fundo, sorrir, acreditar e aceitar. Mas, diferente do ciclo Ilusão e Dor presente da infância, o aceitar atual está baseado em usar os recursos internos que vão bem além da simples capacidade racional de cada um.
No final, não se trata de simplesmente "ouvir o coração" ou de "agir". Mas um misto equilibrado de retardar um pouquinho a ação até que o coração tenha tido o tempo de se manifestar através da intuição e que a razão tenha tido o tempo de criar um plano de ação que, além de viável, leva em consideração alguns aspectos emocionais.
Veja também:
No comments:
Post a Comment