Em muitos momentos da vida nos encontramos em situações nas quais precisamos provar que temos determinadas competências através de provas ou exames de certificação. Normalmente, nos preparamos para esse tipo de avaliação estudando de acordo com a única forma que conhecemos:
- assistimos a aulas
- lemos livros e anotações
- fazemos exercícios
A Teoria das Inteligências Múltiplas, proposta originalmente por Howard Gardner, contemplava a existência de outros tipos diferentes de inteligência:
Apenas como exemplo, uma pessoa pode ser muito boa em questões linguístico-musical, ter uma boa lógica e nunca desenvolver grandes competências matemáticas. Essa mesma pessoa pode ainda ter um físico mediano e ser bem fraco de inteligência espacial mas, ainda assim, conseguir resolver seus problemas de locomoção com a ajuda de um mapa ou um GPS. Ela pode ainda não ser muito boa no trato com as outras pessoas (baixa inteligência interpessoal) e ainda sofrer bastante por não conseguir se perdoar por isso tudo (baixa inteligência intrapessoal).
Não consigo parar de pensar nos efeitos que esse tipo de abordagem pode ter em questões como evasão escolar, saúde pública e, em última instância, nos índices de violência púbica e custos de programas sociais como o Bolsa Família.
Para saber um pouco mais sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas, dê uma olhada no vídeo abaixo e, se sentir vontade de aprofundar, assista também à palestra do próprio Howard Gardner nos dois vídeos seguintes.
- Espacial: Muito desenvolvida em velejadores, militares, pilotos de aeronaves.
- Musical: desenvolvida em músicos, maestros, compositores.
- Corporal: presente em jogadores de futebol, mímicos, dançarinos.
- Interpessoal: muito usada por vendedores, políticos, bons professores e líderes carismáticos.
- Intrapessoal: é uma capacidade de compreender e aceitar os próprios desejos e emoções.
- Linguística: mais comumente utilizada por jornalistas, poetas e escritores.
- Lógico-matemática: muito desenvolvida em engenheiros, físicos e matemáticos.
Imagine se, em seu tempo de escola, você tivesse tido um professor capaz de conversar diretamente com as inteligências nas quais você era mais desenvolvido; quanto ainda mais efetivo e divertido não teria sido o seu aprendizado?
Apenas como exemplo, uma pessoa pode ser muito boa em questões linguístico-musical, ter uma boa lógica e nunca desenvolver grandes competências matemáticas. Essa mesma pessoa pode ainda ter um físico mediano e ser bem fraco de inteligência espacial mas, ainda assim, conseguir resolver seus problemas de locomoção com a ajuda de um mapa ou um GPS. Ela pode ainda não ser muito boa no trato com as outras pessoas (baixa inteligência interpessoal) e ainda sofrer bastante por não conseguir se perdoar por isso tudo (baixa inteligência intrapessoal).
Em um outro caso, suponha que seu filho seja um "mal aluno" (pelos padrões da escola tradicional), mas que ele seja um excelente jogador de futebol. Nesse caso, eu realmente acredito que seria bem mais fácil ensinar geometria para ele aplicando exemplos relacionados a um campo de futebol. Na verdade, só o tema futebol já atrairia a atenção do seu filho por alguns instantes a mais, não é verdade? E, se o professor conseguisse mostrar que a geometria pode torná-lo um atleta muito melhor? Tenho certeza de que ele passaria a ser um dos melhores alunos da sala.
E o melhor de tudo: o esforço adicional em perceber a matemática através de outras inteligências (no caso a inteligência corporal), levaria o professor (por sua vez) a se tornar um matemático muito melhor (além de uma pessoa melhor). É muito provável que essa nova forma de perceber a matemática acabasse por ajudar o nosso professor a resolver algumas questões matemáticas de forma muito mais criativa e elegante.
Não consigo parar de pensar nos efeitos que esse tipo de abordagem pode ter em questões como evasão escolar, saúde pública e, em última instância, nos índices de violência púbica e custos de programas sociais como o Bolsa Família.
Para saber um pouco mais sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas, dê uma olhada no vídeo abaixo e, se sentir vontade de aprofundar, assista também à palestra do próprio Howard Gardner nos dois vídeos seguintes.
Veja também: