2/14/14

Estilos de aprendizagem

As vezes a gente sente que os estudos simplesmente não estão rendendo, não é mesmo? Parece que aquela matéria específica simplesmente não entra na cabeça e começamos a questionar a própria competência. Mas, e se tudo isso não passar de um mal entendido? E se, o fato de você não estar conseguindo assimilar um dado conceito tiver menos a ver com a sua competência e mais a ver com um certo "descompasso" entre a forma como você gosta de aprender e forma como o seu professor gosta de ensinar? Aliás, o real conflito pode estar se dando entre o seu estilo de aprendizagem e o dele; sim porque, é muito natural que ele ensine de forma parecida como gosta de aprender, certo? Então, quais são as diferentes formas de aprender que existem?

Bom, não vamos querer afirmar que conhecemos todas mas um pesquisador chamado David A. Kolb (Ph. D. por Harvard) propôs um modelo que pode ajudar a entender um pouco mais sobre o assunto. 



De acordo com Kolb, o relacionamento das pessoas com "o novo" (em especial com as coisas ou conceitos que elas precisam aprender) se dá em uma escala que vai desde o "Observar" até o "Fazer". Por outro lado, a forma como as pessoas concebem "o novo" se dá em uma outra escala que vai desde "Imaginar" até "Tocar".

Cruzando-se essas duas escalas é possível construir um espaço que ajuda a entender um pouco melhor alguns dos diversos estilos de aprendizagem que existem por aí.



O site de Psicologia da Educação da UFRGS dava a definição abaixo. Essa definição nos ajuda a entender um pouco melhor cada uma duas escalas além de dar boas sugestões de como lidar com alunos em cada ponto da escala.

Ativistas: Os alunos com essa característica, aprendem melhor a partir de tarefas relativamente curtas com resultados imediatos.
Boas sugestões para grupos ativistas são jogos corporativos e tarefas competitivas em equipes. Os alunos desse grupo têm alguma dificuldade em aprender a partir de uma estratégia contemplativa como palestras ou leitura. 

Reflexivos: Esse grupo de alunos gosta de aprender por reflexão. Assim, tanto exercícios quanto longas explicações podem atrapalhar pois eles precisam de tempo para pensar além de ouvir e observar. Uma boa estratégia nesse caso poderia ser a apresentação do conteúdo de uma forma rápida e condensada prevendo um tempo para reflexão antes de eventuais discussões ou exercícios.

Teóricos: Os alunos teóricos aprendem melhor quando podem reavaliar conceitos. Eles se sentem realmente à vontade quando encontram um sistema, um modelo ou uma teoria. Eles se motivam por absorver idéias e não se deixam abater quando um conceito parece estar distante da realidade. Eles conseguem conceber realidades paralelas quando é necessário. Esses alunos têm um pouco mais de dificuldade para aprender quando não trabalham modelos teórico de forma explícita ou implícita.

Pragmáticos: Os alunos pragmáticos aprendem mais intensamente quando conseguem relacionar o conceito sendo ensinado com alguma aplicação prática. Eles preferem trabalhar com processos que podem ser aplicados em suas questões imediatas. 

Agora, imagine o quão difícil pode ser a vida de um aluno Reflexivo assistindo à aula de um professor que não para de falar. Esse aluno precisa de tempo para pensar a respeito do que está sendo dito. Já um professor que gosta de fazer analogias e desafiar o raciocínio de seus alunos pode ter alguma dificuldade para atrair a atenção de um aluno Ativista ou Pragmático.

Em qual grupo você se enquadra?
Quais matérias você tem mais dificuldades?

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