Durante a adolescência, aprendemos via paixão que o amor é algo a ser sentido. Percebemos que ele doía e que o alívio proporcionado simplesmente por ver a pessoa amada era retorno grande o suficiente por tudo o que foi sofrido até aquele instante. Muitos de nós chegaram a acreditar que, quanto maior o sofrimento, maior o alívio e, consequentemente, o prazer do alívio só poderia ser alcançado através da dor da saudade. Essa forma de compreender o amor poderia ser chamada de amor sentimento.
Com o tempo, aprendemos a exercer o amor. Nesse momento, o amor deixa de ser substantivo (sentimento) e passa a ser verbo (coisa que se faz ao invés de ser coisa que se sente).
Pense um pouco a respeito das possíveis formas de expressão do sentimento:
- Toque (carinhos, abraços, carícias, gestos, talvez até o sorriso ou um olhar carinhoso).
- Tempo de qualidade (expressar o amor passando tempo com quem se ama).
- Palavras de afirmação (fazer elogios sinceros)
- Dar presentes (dar presente àqueles a quem se quer expressar o amor)
- Trabalhar (trabalhar por aqueles a quem se ama).
Vaja um pouco mais a respeito no post: A garota, o livro azul e a águia
Ainda na adolescência, muitos são exposto às duras lições a respeito de decepções e abandonos. São as preciosas oportunidades para aprender que, nem sempre teremos tudo o que queremos no momento que gostaríamos. Muitos não aprendem essa lição da primeira vez e precisam voltar à mesma situação algumas outras vezes.
Também é possível afirmar que, na maioria dos casos em que há sofrimento por amor, a dor tem origem na falta de correspondência ou por que o outro não corresponde esse amor da forma desejada.
Dizem que o segredo da felicidade não está em correr atrás das borboletas mas em preparar um lindo jardim e esperar pacientemente que a sua borboleta chegue. Dizem que as flores que você planta e a forma como cuida delas é que determinarão as borboletas que aparecerão no seu jardim.
Se isso tudo for verdade, também pode ser verdade que qualquer borboleta que apareceu seja a borboleta certa ou que, pelo menos, você pode cuidar de suas flores de forma a transformar a sua borboleta na borboleta certa.
Assim, qualquer que seja a borboleta com a qual o seu jardim foi graciosamente contemplado, toque-a com carinho, abrace-a, sorria pra ela e com ela. Reserve um tempo pra passar com ela e reserve um tempo ainda maior para preparar o seu coração pro tempo que passará com ela. Aproveite esse tempo e pense nas coisas boas que sua borboleta tem (suas lindas cores, sua capacidade de voar, sua capacidade de transformação) e diga pra ela. Dê presentes pra sua borboleta porque ela foi um grande presente e trabalhe um pouquinho por ela também.
Fazendo isso, independente do que você sente, você passará a se sentir de forma diferente. Essa energia nova transformará a sua vida, a vida do seu jardim e a vida da sua borboleta que se tornará cada dia mais bela e, com o tempo, passará a brilhar tão forte que será impossível você não sentir o que a tua alma já sabia quando trouxe essa borboleta pra pertinho de você.
No comments:
Post a Comment