9/29/13

A importância da diversidade para a sociedade

Eivindsvatnet, Haugesund, Norway
Já sabemos que, para o ser humano, a vida em em sociedade é muito importante. Todos parecem compreender que a vida em sociedade, apesar de seu alto preço, é muito conveniente. Há aqueles que acreditam inclusive na inviabilidade de uma vida solitária. A vida em comunidade, no médio e longo prazo, potencializa diferenças que, por sua vez, revela divergências, conflitos e mal-entendidos que, se não geridos e esclarecidos podem se transformar traumas e separações. Quando se tenta pensar em nossas vidas por uma perspectiva de diferenças, somos levados à perigosa posição de juízes do diferente e nos julgamos no direito de apontar o diferente como errado e, não raro, somos seduzidos pela ilusão de que a harmonia pode ser encontrada através do caminho da homogeneização. Entretanto, que tal a diversidade como um fator de sobrevivência de uma sociedade?

Não pretendo discutir todas as questões a respeito e nem me estender a escopos mais amplos como o abordado pela biologia ou ecologia. Mas gostaria tratar o tema no contexto de sistemas menores como uma escola, o trabalho, sua família ou, você mesmo; considerando as várias partes que co-existem dentro de você. Eu realmente acredito que a sua contribuição é o ponto mais valioso dessa discussão como um todo.

Há algum tempo, em um ponto desconhecido de um continente distante, havia duas tribos de gorilas. A tribo alfa era bem comum em todos os seus processos sociais. O gorila mais forte era o líder da tribo e a paz reinava entre eles. Enquanto isso, na tribo beta, o gorila mais forte também era o líder mas esse gorila tinha uma característica bastante peculiar. Ele não só respeitava como valorizava os pontos fortes de cada membro da tribo; ainda que nem sempre conseguisse ver utilidade prática em todas as qualidades que cada membro de sua tribo cultivava.

O líder da tribo beta era constantemente desafiado pois, como permitiu que a força física deixasse de ser a característica mais importante da tribo, cada vez que algum outro gorila descobria uma nova característica (na qual se julgava melhor que o gorila líder), já se sentia no direito de disputar a liderança da tribo por acreditar ser o melhor (em sua característica particular).

Não raro esse gorila com postura de líder de visão questionava sua insistência em desenvolver competências que pareciam servir apenas minar sua autoridade e o obrigava a ter que, constantemente, lutar para manter direitos que nenhum outro gorila em sua posição precisava defender. Com o tempo, ele começou a perceber que, por mais que acreditasse na sua forma de liderar, esses constantes desafios cansavam e chegavam a desgastar até amizades e relacionamentos baseados em valores e sentimentos realmente profundos.

Como você acha que essa estória deve terminar? Gostaria muito ler sua opinião a respeito.


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