9/14/13

Sobre o amigo medo

A manhã chegou e o sol se abriu pra mim mais uma vez. Naquele momento, eu pude perceber que nuvens negras, os trovões assustadores e a chuva fria também haviam passado. Eu havia sobrevivido ao desafio com apenas alguns arranhões que me ajudariam a lembrar pra sempre o valor que podemos mostrar nas horas mais difíceis. Quero também dizer que você foi uma peça fundamental nesse meu intenso processo de dor e crescimento. 

Foi muito bom perceber que eu não estava sozinho nassa madrugada fria de uma noite tão escura. Obrigado por estar lá comigo!

Agora, com o dia claro, o desafio superado, a brisa acariciando meus cabelos, o sol fornecendo esse calor gostoso e confortante, eu tento voltar aos momentos de fúria para estudar o que senti e intensificar o aprendizado. Prestando menos atenção em causas e efeitos ou dando pouca importância à busca de culpados (pelo menos, não nesse momento especial); agora, o que eu realmente busco são as sensações e sentimentos e onde, no meu corpo, cada um deles se manifestaram. Acredito que, dessa forma, conhecendo quais sensações o meu corpo estão relacionadas a medo e aflição, vai ficar muito mais fácil reconhecer o medo na próxima vez que ele aparecer para me visitar. 

Sei que agora, eu vou me sentir muito menos sozinho. Eu sei que, mesmo nas noites mais escuras, quando até nossas próprias sombram nos abandonam; teremos sempre, pelo menos, o medo pra dizer "oi amigo, eu estou aqui, pode contar comigo para o que der e vier". 

Da próxima vez, não quero mais ser ingrato e repudiar o único amigo que apareceu. Quero abraçá-lo fraternalmente e agradecer sua companhia apesar de sua cara feia, seus aspectos grotescos, sua pele gelada, suas expressões cheias de dor, seu tom de voz desconfortável e suas formas truculentas de me mostrar o caminho certo.

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