A Auto-estima é um recurso presente em todas as pessoas que conseguiram conquistar algo relevante. Talvez até seja mais uma consequência do que uma causa mas não lembro de nenhuma notícia de alguém que tenha, alguma vez na vida, conseguido fazer qualquer coisa relevante sem apresentar quantidades massivas de auto-estima. Isto posto, cabe perguntar, quantas horas do seu dia, semana ou mês você passa com menos do que o mínimo necessário desse combustível tão precioso?
Eu ando pelas ruas, praças, pontos de ônibus e até filas de banco e vejo tantas e tantas pessoas com olhar baixo, respiração tensa, caras fechadas, testas franzidas como se caminhassem para o pior dos destinos de forma irrefutável. Como se seu destino estivesse traçado e não houvesse nada que elas pudessem fazer a respeito. Algumas delas têm um quê de conforto em acreditar que um dia o salvador chegará ou que, quanto mais sofrerem nessa vida, melhor será um futuro prometido em um paraíso que pode até chegar mas que ela não faz nada para construí-lo ou merecê-lo.
A cabeça baixa, não serve só para facilitar a colocação do arreio ou o ajustedo cabresto. Também é fundamental para que, de lá do fundo da masmorra escura e fria que eles mesmos criaram para própria clausura, continuem injetando sua dose diária de confirmação da crença de que cada um deles, aos próprios olhos, não passa do pior dos piores. E que todas aquelas outras almas penadas que caminham desconsoladamente para as próprias forcas são, na verdade, a única fonte de energia que mantem essa máquina perversa funcionando.
E quase posso ouvi-los dizer: "Mas como virar esse jogo? Se eu já perdi todas as batalhas até aqui? Pra que correr? Além do mais, pra que tentar atacar e correr o risco de tomar ainda mais gols e perder de lavada? Por que não ficar bem quietinho e torcer para que "ele" esqueça que estamos aqui? Quem sabe assim ele não pega outro pra "Cristo", né?" Como se o nosso silêncio não fosse o principal combustível que alimenta o sadismo dos que estão no controle.
Imagino o estouro de boiada se, por um breve instante, pelo menos um deles pensasse: Quando alguém te bota pra baixo, ele só está apertando um botão que você de fato já tem. Quando te dizem, "você é burro"; você se pergunta: "Como ele descobriu?"
No entanto, se te dizem, "você pode voar", você diz; "esse cara deve estar louco!"
Você pode ouvir mil coisas mas só aceita aquelas nas quais JÁ ACREDITA.
Assim, toda vez que alguém te disser algo que você não gosta; agradeça porque, na verdade, ele te deu um presente precioso:
Momentos como esses são fundamentais para mostrar crenças limitantes inconscientes. Uma vez descoberta uma crença, pode-se fazer algo a respeito.
Se você descobriu agora que acredita ser burro, pode:
1) Fazer algo pra deixar de ser burro
2) Escolher simplesmente ignorar quando alguém te chamar assim.
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