As vezes a gente se pega pensando, olhando para o infinito, completamente disperso e, aparentemente, sem a menor noção do que se passa em volta. Já imaginou se fosse possível entrar na própria cabeça e observar o funcionamento desse maravilhoso sistema?
Não consigo parar de imaginar cenários a respeito de como se dá o processo de se perder em devaneios... Tem vezes que imagino um devaneio como o momento no qual a mente somática e a mente cognitiva olham uma para a outra (como dois personagens de um desenho animado), sorriem e se afastam um pouco para curtir o que se passa e apreciar um momento de descanso como se elas mesmas estivessem, por sua vez, assistindo a um filme no qual o personagem principal sou eu mesmo.
É como se, enquanto essas duas mentes descansam, o comando fosse passado para uma terceira entidade. Nesse momento, a mente de campo assume o controle de toda a nave e nos conduz por um lindo passeio com cheiro de domingo de manhã e um calor gostoso de quem está totalmente protegido e acompanhado daqueles que mais ama. Um passeio como aqueles que os pais amorosos levam seus filhos queridos para curtir suas infâncias cheias de esperança e imaginação.
No meu sonho, esse passeio é um momento não só de prazer e paz mas também de intensa criatividade porque me encontro livre de todo o julgamento da lógica precisa (porém restrita) da mente cognitiva e não sofro a pressão de sargento e a pressa em fazer que é marca mais do que registrada da mente somática.
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